segunda-feira, abril 10, 2006

OS FLUTUANTES




" OS FLUTUANTES ", espéctaculo de teatro inspirado no texto "corum populo", do livro o "Inferno" de August strindberg.

Criação de Jorge Neto & Marlon Fortes

Estreia marcada para dia 28 de abril sexta feira no pequenino e modestamente mal arquitectado, C.C. de Sobrado em Valongo... (é um pouco deslocado!...é caso para dizer que Valongo é tão grande que até tem "Sobrado", mas as pessoas hão-de lá ir, nem que seja só para ver a obra) ...depois da estreia a festa continua mas em Valongo mais precisamente no Centenarium bar(praça do centenarium) , onde A INÓXIO irá fazer a apresentação oficial da sua pagina de INTERNET, e assim festejarmos pela noite dentro com champanhe e musica ... - á vida ! - á tecnologia ! - á livre comunicação e informação!...



Johan August Strindberg22 Janeiro de 1849 - 14 de Maio de 1912 Pintor, escritor e dramaturgo sueco, autor do "Coram Pópulo", Da obra "Inferno Sinto-me melhor porque li Strindberg. E não o li por ler, antes porque desejava aninhar-me contra o seu peito. Agarra em mim com o braço esquerdo, como se eu fosse uma criança, e ali fico feito homem sentado numa estátua. Dez vezes senti o perigo de cair mas á décima primeira instalei-me solidamente. Á minha frente segurança e uma basta prespectiva... Enorme Strindberg, essa raiva, essas paginas construídas a murro...F. KAFKA
1849- Com vinte anos August Strindberg tem definidos os parâmetros iniciais da sua revolta. Assumindo-se «filho de criada», produto inconfessável numa sociedade mal dada a alianças violadoras; Ela mulher de albergue, ele respeitável da marinha sueca, ligação mais do que fecunda quando o casamento lhes oferece a cara de apresentar ao mundo - transportando paraa adolescência as piores sombras da infância.
(Menino já chorava as sujidades da vida, sozinho entre os meus pais e a sociedade)
Actor e redactor, telegrafista e bibliotecário, pintor de paisagens... a tudo se sujeita para acumular na gaveta 4 peças de teatro e amadurecer mais 5. Quando decide aprender chinês para catalogar manuscritos da Biblioteca Real, tem duas vezes escrito O Mestre Olof, em prosa e em verso.Em Strindberg, como noutros casos de exemplar ferocidade, o desfigurado de um deus sabe alimentar-se indirectamente das explosões do Eu e da ritualizada destruição dos seres amados. Destas oposições sangrentas nascerá a diluição final, oblíqua, na divindade.(nota do tradutor Aníbal Fernandes)O autor tem 28 anos, é boémio e alcoólico, é um ser a «reabilitar». O divorcio com a bela e elegante Baronesa, que é arrastada pela trela um barão e os seus sonhos de actriz. Divorcio acaba por ser encardo passados 15 anos de conjugação trágica. Strindberg reformula o seu inimigo. È um instante de fraqueza em que o homem é sentido como cumpridor involuntário de insondáveis desígnios das potências e á mulher, fracção de mau conselho desde a ingenuidade de Adão, cabe uma culpa especial que a isola no alvo. Por outro lado, através de uma correspondência assiduamente trocada, Nietzsche contribuirá com as suas concepções elitistas, a vida cristalizada na luta de forças celebrais. (Num combate de cérebros, vence quem é psiquicamente mais forte. Chega a ser viável o assassínio psíquico!) - Repetira StrindbergA separação e Berlim vêm adormecer a «crise», fabricar a breve pausa de alívio até à nova «crise» de 1895. As primeiras pretensões a «sábio», os primeiros controversos escritos sobre química. De novo na Suécia e agora destroçado por uma «crise» que lhe desfez em cinzas o espírito, se não o corpo, a 3 de Maio senta-se em Lund para escrever INFERNO. Exprimi-lo-á em corpo, a aperfeiçoado pelas andanças de paris, e publica-o em 1897, na Mercure de França. 1897 Nota: A obra hoje, texto em português, pertenceu a Fialho de Almeida, acessivel ao pulico na Biblioteca Nacional de Lisboa.